sexta-feira
 
MATIZES



Nas cobertas coloridas e difusas um rabo de sereia.
Farfalhar de papel crepom, tal a textura do que a abriga.
A mistura é quente, desfazendo-se, em seguida, em diluídas cores.
Paleta em degradée que acaba atingindo à pele corada pelo sol.
O torço descoberto, o coração em batimentos ritmados.
Um livro nas mãos a chama para uma vida diferente da que ela têm.
Abrem-se idéias inusitadas, algumas que jamais ousou pensar.
Absorta, relê um trecho incessantemente, enquanto a cabeça vaga.
Um vaso de cores magenta é pitada a contrastar com os cabelos castanhos.
Um foco insinua-se no quadro como voyeur a velar seu corpo.

por Analu em Lemniscata